segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Família de bebê morta em atropelamento na praia de Copacabana afirma que vai processar motorista

Mãe da bebê está sem trabalhar por causa dos ferimentos causados pelo atropelamento. 'Eu vi que ele não falou de coração quando pediu desculpas', disse Niedja Araújo, também vítima do acidente.


Niedja e Darlan, pais da bebê Maria Louize, prestaram depoimento na delegacia de Copacabana (Foto: Henrique Coelho/ G1)
  Niedja e Darlan, pais da bebê Maria Louize, prestaram depoimento na delegacia de Copacabana (Foto: Henrique Coelho/ G1)
Os pais da menina Maria Louize, de 8 meses, que morreu após ser atropelada por um carro que invadiu o calçadão da Praia de Copacabana na última quinta-feira (18), afirmam que irão processar Antônio Anaquim, o condutor do veículo. Eles foram prestar depoimento sobre o caso na 12ªDP (Copacabana).

“Ele é um assassino sim, eu quero que ele pague. Eu vi que ele não falou de coração quando pediu desculpas ”, disse Niedja Silva Araújo, ferida no atropelamento e mãe de Maria Louize.

Mais cedo, o advogado da família conversou com o G1 e informou que ainda iria conversar com calma com o casal.

Os pais da criança alegam que o acidente causou traumas psicológicos e também lesões físicas na mãe da criança, Niedja da Silva Araújo, que ainda não consegue trabalhar. Por isso, eles querem entrar com uma medida cautelar contra o condutor para que ele pague o tratamento.


Os pais da menina Maria Luize reclamaram mais uma vez pelo fato de Antonio Anaquim poder responder o homicídio culposo em liberdade.

"Totalmente errado ele ficar solto. Um homicídio desse, ele tinha ciência de que não podia estar dirigindo", disse o pai de Maria Louize, Darlan Rocha, ao chegar à delegacia por volta das 13h30 desta segunda-feira (22).

Perguntada se perdoaria Anaquim, Niedja foi clara: "Eu não aceito Ele sabia que não podia" afirmou ela, acrescentando que até agora "não teve coragem" de voltar para casa, e está temporariamente na casa da mãe", explicou.

Motorista invadiu calçadão e atropelou 17 pessoas. Uma bebê morreu (Foto: Cláudia Peixoto/ Arte G1)

      Motorista invadiu calçadão e atropelou 17 pessoas. Uma bebê morreu (Foto: Cláudia Peixoto/ Arte G1)

Oito ainda internados

Das 18 pessoas atropeladas, oito seguem internadas. Três deles no Hospital Souza Aguiar, no Centro, e outros cinco no Hospital Miguel Couto, na Zona Sul. Quatro dos internados na unidade devem passar por cirurgias ortopédicas ainda esta segunda.

A Polícia Civil vai investigar a omissão de Anaquim ao Detran-RJ ao não informar que sofria de epilepsia. Ele vai responder por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, e também pode ser autuado por falsidade ideológica.

Em depoimento enviado ao Fantástico, ele pediu perdão às vítimas e reiterou que sofreu um "apagão" na hora do acidente. Ele afirmou ainda que nunca quis matar ninguém.


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